terça-feira, abril 29, 2003

Pneumonia asiática, ou SARS. Epidemia? Até os EUA estão com medo. Sinal dos tempos?
Conhecida há alguns meses, só virou notícia depois da guerra. Sinal de alguma coisa?

E como sempre continua-se procurando soluções dentro do mecanismo "uma doença, um microorganismo".
Será que se esquecem do desequilíbrio provocado por nossa sociedade baseada em exploração e crescimento supostamente infinito?
Nesse mundo conturbado e poluído, nossos organismos mantidos à base de alimentos industrializados e desfigurados de suas benéficas propriedades naturais não conseguem se defender eficazmente de um micróbio que, de outra maneira, poderia passar por nós sem que percebêssemos, e que, talvez, nem se multiplicassem tanto e tão velozmente.

Foi assim com o HIV. Com o Ebola e variantes Agora esse coronavírus.
Quem disse que nosso modo de vida APENAS DESTRÓI a biodiversidade?
Os comentários não estão funcionando direito. Arrumo assim que descobrir como.
Galera, que coisa.... parece que ninguém tá incomodado demais com coisa alguma. Bom, é compreensível. Afinal, o dólar tá caindo, a gasolina deve acompanhar o movimento, as importantes reformas estruturais serão apresentadas ao congresso ainda neste semestre, o superávit engorda a olhos vistos, meu time apanha tanto que nem acompanho mais. Ou talvez seja a ressaca da guerra, que saiu do grande destaque da mídia, após esta ter feito seu papel de apaziguar os ânimos mais exaltados de quem protestava e ter conseguido a complacência e, em alguns casos, até a simpatia para com a dupla de atacantes Bush & Blair.
Talvez tenha sido um mau momento para o lançamento deste blog...

Mas, meus amigos, a queda livre do dólar revela outro lado da questão: os exportadores do setor agro-pecuário estão alarmados, porque dependem do câmbio. Porque não têm o amparo de uma política que mantenha saudável sua atividade. Porque a população brasileira não tem dinheiro para comprar seus produtos. Porque se consome muito mais do que o necessário, mas se produz ainda mais, e ainda tudo se concentra em poucas mãos. A gasolina mais barata deve provocar um ligeiro relaxamento na atitude de poupança da galera - e com isso, mais divisas se esvaindo pelo ralo das grandes corporações multinacionais, e mais poluição no nosso triste ar de outono, e mais engarrafamentos no dia-a-dia e na saída para as viagens, e mais stress e violência no trânsito. Já as reformas são necessárias e a pressa também, mas a coisa tá sendo bem feita? Alguém tá acompanhando isso? Os grandes sugadores do nosso potencial de geração de riqueza serão extirpados dos vasos sangüíneos da máquina administrativa, também tão merecedora de uma reforma completa?

E os dois peronistas disputando o segundo turno das presidenciais na Argentina? Será que essa eleição em nada nos afeta? E quem é o novo presidente do Paraguai? Novo numas, porque continua sendo o mesmo partido no poder a mais de 50 anos. Será que serão bons companheiros de luta, junto a formação da Alca e na abertura de novos mercados, contra o poderio financeiro e insitucional dos Estados Unidos?

E a fome e a deseducação da criançada brasileira? E a fome do sertanejo nordestino? E a exploração desequilibrada das nossas águas doces e salgadas, de nossas florestas equatoriais e tropicais? Tudo isso continua incomodando, enquanto a guerra vai terminando e deixando novos flancos de exploração para a sanha imperialista e expansionista dos Estados Unidos e da Inglaterra...

E a Marta e nossa desvairada capital financeira do pais? Poluição, violência, transportes decadentes, SUS, educação fundamental, tá tudo aí, na mesma que antes da guerra... tava bom, por acaso, pra deixar como estava?

Fora as relações des-humanas, cada vez mais baseadas em interesses mesquinhos ou superficialidades a título de manter um tecido social que já não passa da mais tosca juta de saco de farinha...

segunda-feira, abril 28, 2003

Francis, faltou vc publicar seu texto. Tem uma opção "Publish" que aparece à direita na barra central da página de edição, quando há edições a publicar. Ou então, a opção "Post & Publish" ao lado da "Post". Desta vez já está feito.

Espero que os convites aqui sejam publicados convites à reflexão e ao debate, ao invés de festas e outros eventos. E que as reclamações sejam sempre acompanhadas de sugestões. E ainda que as discussões sejam o prato principal.

sábado, abril 26, 2003

De um comentário e sua resposta, surgiu um desabafo. E outro em resposta.
Com muitos destinatários, vários pediram pra sair e outros foram incluídos.
Virou grupo de discussão no Yahoo! e assim está durando,
com fases de grande atividade e com invernos glaciais.

Não suponho que as coceiras parem, nestes invernos.
Apenas que outras demandas atraiam a atenção dos olhos de tantos briocos
sentados em suas cadeiras diante de bytes e pixels
que valem o sustento de seus cérebros privilegiados
- privilegiados por terem tido o desenvolvimento que tiveram, sem detrimento de terceiros
- e privilegiados por uma sociedade que paga o que a ela interessa, sem querer saber se isso é bom ou mau para o todo, em detrimento de quem nada pode oferecer-lhe que lhe seja útil em sua estreita visão.

Tanto tempo depois, alguém teve a idéia de fazer um site.
Falaram também em blog.
Fazer um site demanda um saber que não tenho e um tempo de que não posso dispor agora, para aprender e para manter.
Talvez alguém saiba ou queira aprender e possa e queira fazer.
Mas disposição não falta. Então ei-lo, o blog Coceira no Brioco.