segunda-feira, setembro 22, 2003

Dia Mundial Sem Carro

E os paulistanos fingiram que não era com eles...

Da Agência Terra:

Quase mil cidades, em sua maioria européias, participam hoje do Dia Internacional sem Carro. O evento deve contar com a participação de 98 milhões de pessoas.

O dia sem automóveis foi criado em 1998 na França por iniciativa da então ministra do Meio Ambiente Dominique Voynet. Rapidamente, a idéia foi adotada por outras cidades da Europa. O objetivo é fazer com que os cidadãos deixem seus veículos em casa e utilizem os meios de transporte públicos, o que reduz a poluição nos grandes centros.

Cidades de praticamente todos os países europeus participam na operação, com exceção da Rússia, impedindo o tráfico de automóveis em seu centro ou em parte dele. Por outro lado, quase todas as cidades asiáticas ignoram a iniciativa da Europa.

No Brasil, dez cidades participam no evento, mas o Rio de Janeiro e a capital Brasília ficaram de fora. Na América Latina, se destacam as cidades de Bogotá (Colômbia), que tem a particularidade de celebrar dois dias sem automóvel por ano, e Buenos Aires (Argentina).

No Canadá, a cidade de Montreal também aderiu ao movimento.

Na França, além da capital Paris, que impede o trânsito em um grande perímetro de seu centro, também se destacam as cidades de Lyon, Lille, Rennes e Estrasburgo Porém, como este ano o dia sem automóveis caiu em uma segunda-feira, algumas cidades francesas decidiram antecipar a idéia para sábado ou domingo.

A Espanha, com mais de 200 cidades, é o país com o maior número de municípios participando na operação, superando Áustria (160), Alemanha (80) e França (72). Na Itália, o dia sem carro não motivou as autoridades. Apenas onze cidades, incluindo Palermo, Siena, Pádua e Brescia, proibiram parcialmente o uso dos automóveis, mas outras aderiram oficialmente ao movimento.

Em Roma, por exemplo, as autoridades disponibilizaram bicicletas para a população em alguns bairros e organizaram eventos explicativos, mas não interromperam o trânsito. Na Grã-Bretanha, 62 cidades, incluindo Londres, participam no dia. A iniciativa mais importante foi adotada no bairro dos museus da capital, onde várias ruas foram fechadas ao tráfico. Uma delas, inclusive, permanecerá fechada durante os próximos seis meses.

Em Atenas, muitas pessoas preferiram caminhar. Além disso, filas podiam ser observadas nos pontos de ônibus e o trânsito não registrava os problemas habituais. Porém, mais do que o dia sem automóveis, as causas para a mudança foram a greve dos táxis e dos postos de serviço.

Na Ásia, Taiwan foi o único país a aderir à idéia. Em Taipé e outras grandes cidades do país, milhares de taiwaneses optaram pelas bicicletas ou patins. Além disso, os meios de transporte públicos reduziram o preço de suas tarifas à metade.

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