terça-feira, junho 17, 2003

Será que temos sempre que nos auto-definir? Não basta fazermos nosso caminho da melhor maneira possível aos nossos olhos, à luz daquilo que conseguimos reter de bons e úteis ensinamentos, no caminho que já trilhamos?
Além do mais essa coisa de curvilíneo me lembra muito a mania por estereótipos e, como tudo na vida, inclusive o tempo e o espaço, é relativa. Nos momentos mais lúcidos (que eu acho mais lúcidos), olho para trás e vejo uma trajetória absolutamente reta, mas transportando-me para qualquer ponto fora de mim mesmo, vejo uma curva. Acredito que o que você quer dizer com "retílineo" seja o tipo de sujeito que nem imagina que existam pontos fora de si, a partir dos quais sua história de retidão possa ser vista como a mais torpe e insidiosa espiral em direção ao fogo dantesco.

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